Grupos minorizados enfrentam dificuldades no acesso a direitos básicos, inclusive na área da saúde. Isso é evidente em situações onde pessoas negras, LGBTQIAPN+, mulheres e pessoas com deficiência relatam receber tratamento diferenciado, o que muitas vezes as desencoraja de buscar ajuda médica. Uma pesquisa de 2023 da Sanofi destacou que 87% das pessoas com deficiência no Brasil já tiveram experiências que abalaram sua confiança na saúde, comparado a 77% das pessoas sem deficiência. Resultados semelhantes foram observados entre membros da comunidade LGBTQIAPN+ e pessoas de etnias minorizadas, principalmente a população negra.
Essa falta de confiança reflete desigualdades históricas, como mostra um estudo do Centro de Estudos e Dados sobre Desigualdades Raciais (Cedra), que revelou que 29% da população negra nunca foi ao dentista ou não consulta há mais de três anos, comparado a uma menor porcentagem entre pessoas brancas. Além disso, iniciativas como o PROADI-SUS e a start-up Tuinda Care buscam melhorar o acesso à saúde para essas populações, especialmente em áreas remotas.
No entanto, há muito a ser feito. Políticas públicas específicas para grupos minorizados, como as da população negra, LGBTQIAPN+ e indígena, entre outras, são importantes, mas ainda enfrentam desafios na aplicação e capacitação dos profissionais de saúde. A falta de confiança no sistema de saúde pode levar à ausência de cuidados preventivos e ao agravamento de doenças. Para reverter esse cenário, é essencial fortalecer parcerias público-privadas e garantir que a saúde seja acessível e inclusiva para todas/os.
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